O efeito de miniatura através de softwares

Já falamos algumas semanas atrás sobre as lentes tilt-shift e como foi comentado no post, essas lentes têm um alto custo. Mas não é por isso que não podemos ter o efeito de miniatura: podemos criar o mesmo efeito através de alguns softwares.

Temos algumas opções para criar nossas miniaturas:

  • TiltShiftMaker: é gratuito e automático. Estamos falando de uma página da internet na qual o usuário pode aplicar o efeito em imagens próprias ou disponíveis na internet. Lógico que quanto mais adequada for a imagem escolhida, melhor será o efeito, dando-se preferência a imagens de paisagem e com sensação de profundidade. A página ainda oferece um tutorial explicando um pouco as funções e dá alguns exemplos das melhores imagens para aplicar o efeito.
  •  TiltShift Generator: também é gratuito e automático. Não possui cadastro, nem introdução e assim que a página é acessada  já é aberto o serviço, bastando escolher a imagem que ganhará o efeito. É um tanto quanto mais elaborado que o TiltShiftMaker, pois após selecionar a posição do foco, pode-se alterar a saturação, o contraste e o brilho.
  • Photoshop: o famoso software  permite criar o efeito de miniatura ou maquete, mas requer conhecimento ou um bom tutorial para chegar ao efeito desejado. Nesta página http://www.tiltshiftphotography.net/ é possível ver alguns exemplos e também seguir um tutorial para fazer a sua foto!
  • Gimp: é um software gratuito que pode substituir em alguns casos o pago Photoshop e tem um passo a passo bastante similar para criar o efeito miniatura.

 

Agora é só você fazer sua escolha e começar a “brincar” com algumas fotos. Bom divertimento!

Simone

Concursos

O mundo da fotografia comporta uma grande quantidade de concursos, desde os mais simples aos mais conhecidos, de maior renome. Para amadores e para profissionais. Para diferentes tipos de câmeras. Os prêmios vão da simples publicação da fotografia  em algum meio até somas interessantes, bolsas e, porque não, em alguns casos fama.

Os temas podem ser os mais variados e podem ser tanto organizados por marcas, associações, institutos, prefeituras, etc. Mas é importante estar atento. Procurando material sobre o assunto na internet achei dicas interessantes em alguns sites como:

–  Leia atentamente as regras! Saiba onde está se metendo e o que é necessário para participar, pode parecer bobagem, mas ler as regras pode ser um grande passo.
– Separe algo original, destaque-se, e só entre com o seu melhor trabalho (o seu melhor trabalho para os jurados pode ser nada além de simples).

– Só participe de competições na qual você se identifica com o tema, pois a paixão pelo assunto vai fazer toda a diferença.

– E evite concursos que você possa perder os direitos autorais de suas imagens.  O uso de fotos apresentadas em competições pode conduzir à exploração dos fotógrafos por alguns organizadores. Isso ocorre porque muitas vezes as competições podem ter a regras que incluem frases como: “… nós nos reservamos o direito de usar a imagem ganhadora…” ( dicas copiadas de http://fotografeumaideia.com.br/site/index.php?Itemid=138&id=1278&option=com_content&task=view)

Alguns sites nos ajudam a estar por dentro deles, seja no Brasil ou no mundo, como o site da Confederação Brasileira de Fotografia.

Simone

Henri Cartier-Bresson

Muitos são os fotógrafos que fazem parte da História da Fotografia. Um deles sem dúvida nenhuma é o francês Henri Cartier-Bresson. Ele é considerado um dos grandes fotógrafos do século XX e é visto por muitos como o pai do fotojornalismo. Ao longo de sua vida, recebeu muitos prêmios, reconhecimento e o título de honoris causa.

Henri Cartier-Bresson (1908-2004) tem um histórico bastante interessante de vida. Nascido em uma família considerada rica, dedicou-se por algum tempo à pintura, foi também caçador na África por aproximadamente um ano. Após o seu retorno a França, foi convocado pelo exército francês e cobriu a Segunda Guerra Mundial, chegando a ser prisioneiro dos nazistas. Conseguiu fugir em 1943, na terceira tentativa, e em 1945 fotografou a libertação de Paris. Trabalhou também no cinema.

Juntamente com  Robert Capa, George Rodger, David ‘Chim’ Seymour e William Vandivert fundou a agência Magnum e realizou inúmeras reportagens fotográficas pelo mundo.

Por volta dos anos 70 voltou a se dedicar ao desenho e a pintura, abandonando aos poucos a fotografia.  Em 2003,  criou uma Fundação que levou seu nome pensando em preservar a sua obra. .Faleceu em agosto de 2004, poucas semanas antes de completar 96 anos.

Abaixo segue um vídeo onde Henri Cartier-Bresson fala um pouco sobre o olhar e a arte.

https://www.youtube.com/watch?v=cqzT0W_KLUw

Simone

O Belo e o Feio

O ser humano tem por hábito classificar tudo que vê a sua volta. As categorias em que podemos classificar pessoas, objetos, imagens são inúmeras, mas duas nos chamam mais a atenção: o belo e o feio. Podemos citar vários ditos populares ligados aos dois como: “Quem ama o feio, bonito lhe parece” ou “A beleza está nos olhos de quem vê” que nos ajudam a afirmar que a beleza e a feiura fazem parte do nosso cotidiano e estão em constante mudança.

Temos que levar em conta as influências culturais, mas o certo é que os padrões tanto de beleza quanto de feiura vão mudando ao longo do tempo. Já tivemos períodos históricos em que a forma mais arredondada das pessoas era sinônimo de beleza. Ou que uma pele alva era considerada linda. Depois passamos por um período em que uma pele bronzeada denotava saúde e beleza, assim até chegar à magreza excessiva tão discutida atualmente… Da mesma forma o conceito de feio, vinculado diretamente ao belo, também foi sendo modificado ao longo dos séculos. Porém nem sempre considerado o seu oposto.

Umberto Eco, escritor, filósofo, semiólogo e linguista italiano, escreveu dois livros: “A história da Beleza” e “A história da Feiura” onde trata e faz indagações sobre os conceitos de beleza e feiura através dos tempos e faz pensar sobre o assunto, principalmente aos profissionais ligados a imagem como o fotógrafo. Abaixo segue uma entrevista dada por ele, onde comenta rapidamente sobre o belo e o feio.

Simone

Tilt-Shift

Quem nunca viu por aí fotografias em que uma paisagem, pessoas ou objetos parecem uma miniatura ou mesmo uma maquete? Pois essas fotos são o resultado do uso de lentes específicas chamadas tilt-shift ou de programas para tratamento de imagens como o Photoshop (talvez seja um bom tema para um novo post nessa área!).

commons.wikimedia.org

commons.wikimedia.org

O próprio nome da lente explica um pouco seu uso que combina a inclinação do plano óptico da objetiva em relação ao plano chamada de tilt, e o movimento em paralelo da lente relativamente ao plano da imagem chamado de shift.  Resumindo: o tilt controla a orientação do plano de focagem e o shift ajusta a posição do objeto sem mover a câmera. As fotografias de arquitetura nas quais a lente evita a convergência das linhas paralelas é um outro exemplo de uso destas lentes, justificando um pouco os preços que não são nada interessantes ($$$) para quem deseja apenas “brincar” um pouco com suas fotografias.

Quem pretende usar a lente para criar suas miniaturas ou maquetes deve estar atento a algumas dicas como:

  •  a fotografia deve ser tirada de cima para baixo, pois é o ângulo comum dessas fotos;
  •  o objeto ou pessoa que desejamos diminuir deve estar preferencialmente centralizado, pois a parte de cima e debaixo serão as áreas desfocadas; e
  •  é interessante também utilizar planos abertos, pois muita nitidez ou detalhes vão deixar claro que não se trata de uma miniatura.

Para quem não vai comprar uma tilt-shift, resta esperar pelo post com as dicas de programas e passos para fazer sua miniatura no computador.

Simone

Tratamento de Imagens e Criatividade

O tratamento de imagens vem ganhando cada vez mais espaço com a crescente popularidade da fotografia e apresenta uma enorme opção de programas e recursos, sempre acompanhando a tecnologia e as novidades.

O uso desses programas faz parte do cotidiano. Afinal que nunca quis um dia esconder uma olheira, uma espinha ou já entrou em alguma discussão sobre o uso exagerado de retoques nas modelos e atores ou já se admirou com alguma foto muito bem tratada por algum excelente profissional da área. Porém não só de retoques e correções vive o mundo do tratamento de imagens. Adicionando a essa grande quantidade de recursos, criatividade e talento, vemos surgir inúmeras boas ideias, verdadeiras obras de arte e podemos nos divertir vendo ou fazendo.

O fotógrafo espanhol Yago Partal utilizou o Photoshop para vestir diferentes animais como se fossem pessoas,  e criou o projeto Zoo Portraits, “Retratos de Zoológico”. As fotos são comercializadas no site, mostrando os animais vestidos de diferentes modos.

Já o italiano Cristian Girotto utilizou o mesmo programa, Photoshop, para transformar adultos novamente em crianças no projeto L’Enfant Extérieur, traduzido como “A Criança Exterior”. Após serem fotografados por Quentin Curtat, os modelos voluntários foram escolhidos por Girotto que trabalha com retoques de imagens de moda e para anúncios. Para conseguir o efeito desejado ele aumentou a cabeça dos modelos, diminuiu o corpo e acentuou traços típicos de expressões infantis.

Outra prática, para muitos divertida, é apagar a pessoa em uma foto deixando apenas o a roupa como ocorreu em um concurso realizado pelo site Worth 1000.

Se depois de ler o post, alguém quiser se aventurar e colocar a criatividade em ação, pode começar dando uma olhada neste site e criar a sua mulher/homem invisível com o CS5 do Photoshop. Bom divertimento!

Simone

 

Camera-wiki.org

A internet é uma ótima aliada para quem curte o mundo da fotografia. Existem inúmeros sites e blogs com diferentes opiniões, falando de câmeras conhecidas e desconhecidas… Mas pode ficar complicado de repente tomar uma decisão por um determinado tipo de câmera. Ou mesmo saber se aquela câmera antiga que você achou na casa do seu avô é realmente boa.

Para ajudar um pouco, foram criados alguns sites com guias de câmeras. Em 2004 foi criado um site chamado Camerapedia. Este site funciona como uma enciclopédia livre com informações sobre câmeras de todas as marcas e modelos. Além de poder fazer sua pesquisa, você também pode compartilhar seu conhecimento com todos, acrescentando ou corrigindo qualquer informação. Porém devido a algumas questões comerciais, muitos dos contribuidores do Camerapedia criaram um wiki não comercial e, desta forma foi lançado em 7 de fevereiro de 2011 o Camera-wiki.org .

página inicial do Camera-wiki.org

página inicial do Camera-wiki.org

outro detalhe do site

outro detalhe do site

O Camera-wiki.org apresenta-se como um guia de referência para todas as câmeras do mundo. A ideia deste wiki é ir crescendo e documentar todas as câmeras já feitas, particularmente os modelos mais antigos que não possuem opiniões, especificações e manuais que encontramos disponíveis online para as câmeras mais modernas. Como sucessor do Camerapedia, o Camera-wiki.org permite que qualquer usuário contribua ou edite o conteúdo: “Se algo estiver faltando, você pode adicioná-lo, e se você encontrar um erro você pode mudá-lo. Um site wiki faz com que o conteúdo seja uma via de mão dupla. Você não é mais um leitor passivo, e quanto mais você participar melhor o conteúdo fica”.

Para os apaixonados por fotografia ou curiosos de plantão o site é pura diversão. Com o índice alfabético e o glossário, para qualquer dúvida sobre os termos utilizados, fica realmente fácil encontrar  informações sobre diferentes câmeras independente da época das mesmas. Fazendo a ressalva que o site é em inglês.

Simone

A primeira fotografia permanente da História

Tanto se fala de fotografia e tanto se produz, mas nem todos sabem sobre a história e a evolução da mesma até chegar a acessível fotografia digital dos dias atuais.

Joseph-Nicéphore Niepce (1765-1833), pesquisador francês, foi o responsável pela primeira fotografia permanente da História. Após passar por várias carreiras, incluindo o serviço militar, Niepce se estabeleceu em Chalon-sur-Saone e dedicou-se a pesquisa e a experimentação com seu irmão Claude.

 

Imagem copiada de www.hrc.utexas.edu -

Imagem copiada de http://www.hrc.utexas.edu 

Usando por base a arte da litografia, muito popular na época, Niepce buscou inovar desenvolvendo processos diferentes até chegar ao uso da câmera escura e sais de prata que eram conhecidos pela reação quando expostos à luz. Com esta técnica ele conseguiu capturar com sucesso uma imagem, porém a mesma desapareceu pouco tempo depois. Isso fez com ele continuasse experimentando, até que em 1826, utilizando-se de uma placa de estanho coberta com um derivado fotossensível de petróleo chamado de “Betume da Judéia”, conseguisse uma imagem permanente chamada de “Point deVue du Gras”. A  imagem foi captada da janela do sotão da sua casa de campo, em Saint-Loup-de-Varennes – Le Gras/Chalon-sur-Saône, mostrando o terreno da sua granja e foi obtida após cerca de oito horas de exposição à luz solar.

 

Imagem copiada de cool.conservation-us.org

Imagem copiada de cool.conservation-us.org

O processo foi chamado por ele de “heliografia” do grego gravura com a luz do sol, porém com o tempo de exposição muito longo, novos avanços seriam necessário para que o processo pudesse ser comercializado. Assim em 1829, Niepce formou uma parceria com Louis-Jacques-Mandé Daguerre para aperfeiçoar o sistema, porém morreu em 1833 sem alcançar o reconhecimento e sucesso financeiro.

Simone

 

 

Margherita Vitagliano

Graças à internet hoje é possível conhecer o trabalho de grandes fotógrafos pelo mundo afora, tanto do passado quanto de hoje. Este é o caso do trabalho da fotógrafa Margherita Vitagliano, italiana de San Martino Valle Caudina, Província de Avellino, sul da Itália. Ela começou a fotografar há cerca de 8 anos e já participou de vários concursos fotográficos nacionais italianos com lisonjeiros resultados.

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Margherita, nas diversas entrevistas dadas a jornais e sites italianos, além da sua própria página em uma comunidade de fotografia na internet, não se diz uma “fotógrafa”, mas sim que ama fotografar, porque é através da fotografia que ela consegue expressar o que é e o que sente, mas também o que os outros são ou hipoteticamente o que poderiam ser.

Sobre seu equipamento diz que o seu é levado na alma e para fazê-lo sair ela clica no botão da compacta Canon Ixus 700, mas também possui uma Nikon D 80, que usa em raras ocasiões.

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Sua preferência é o preto e branco, pois é o modo no qual mais gosta de olhar as fotografias. E diz: “uma foto deve transmitir emoção, deve me deixar curiosa, deve me surpreender, deve me fascinar, deve me fazer perder o sono, deve me falar, deve me dar um soco no estômago, deve me fazer pensar… Se é também perfeita tecnicamente, que assim seja…”.

Margherita Vitagliano se diz uma pessoa de poucas palavras e não gosta de explicar ou definir suas fotografias, preferindo que os outros as observem e pensem.  Quando perguntada se teria algum conselho para aqueles que pretendem seguir como fotógrafos disse não se sentir capaz de dar conselhos e que a única coisa que poderia dizer é colocar em tudo que se faz amor, paixão e muita dedicação.

Agradecemos a gentileza e disponibilidade desta talentosa fotógrafa em nos responder alguns perguntas. E desejamos sucesso.

Simone